Após conquistar o título olímpico em 2016 e brilhar nos jogos de Tóquio, o jogador Douglas Souza revelou sua decisão de se afastar da Seleção Brasileira de Vôlei visando cuidar de sua saúde mental. Em um vídeo compartilhado em seu perfil no Instagram, ele explicou: “Chegou um momento em que meu corpo e mente começaram a dar sinais de que eu precisava reduzir o ritmo.”
Douglas mencionou a intensa rotina de treinos e competições tanto na seleção quanto em clubes, bem como a falta de tempo para estar com sua família e amigos, como fatores que contribuíram para essa decisão. Ele admitiu abertamente: “Esses aspectos importantes para mim foram se deteriorando, a ponto de eu ter que lidar com a depressão.”

O jogador comunicou que, juntamente com seu empresário, planejou concluir o ciclo olímpico e então se retirar da seleção após os Jogos de Tóquio, referindo-se às Olimpíadas de 2021, que ocorreram após adiamento devido à pandemia. O Brasil terminou em quarto lugar nesse evento.
Douglas destacou com orgulho seu tempo de serviço à seleção desde 2011, e embora esteja atualmente sem clube, ele revelou estar em negociações com equipes de São Paulo, enfatizando que essa escolha foi pessoal. Sobre o panorama do vôlei no Brasil, ele mencionou as dificuldades que o esporte enfrenta devido à falta de investimento e patrocínio, o que impacta diretamente a qualidade da Superliga e os salários dos jogadores.
No final de 2021, Douglas teve uma breve passagem pela Itália, onde jogou pelo Vibo Valentia, porém sua permanência durou apenas três meses.

O caso de Douglas é mais um exemplo recente da crescente conscientização sobre a saúde mental dos atletas. Esta tendência foi evidenciada pelo anúncio de aposentadoria da número 1 do tênis mundial, Ashleigh Barty, aos 25 anos, e pela decisão da ginasta norte-americana Simone Biles, detentora de múltiplos títulos, de se retirar de algumas competições durante as Olimpíadas de Tóquio para priorizar seu bem-estar emocional.